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Fábrica de Água de Alcântara distinguida com Prémio Valmor

Foram conhecidos esta segunda-feira, 18 de dezembro, os vencedores do Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura dos anos 2013 a 2016.

O projeto de arquitetura relativo à ampliação da Fábrica de Água de Alcântara, instalação gerida pela Águas do Tejo Atlântico, foi o grande premiado do ano 2013.

Da autoria de Frederico Valsassina, Manuel Aires Mateus (também recentemente distinguido com o Prémio Pessoa 2017) e de João Ferreira Nunes, o projeto destaca-se pela preocupação de integração paisagística da infraestrutura, com “a criação de uma cobertura que promovesse a preservação ambiental”, num contributo para a “reconfiguração territorial da morfologia do Vale de Alcântara”.

Do projeto de arquitetura faz ainda parte a construção de dois edifícios de serviços, um de monitorização da instalação e outro que serve de sede da empresa.

Para além da questão paisagística, o telhado verde de Alcântara, com uma dimensão de quase três hectares - o maior telhado verde da Europa -, beneficia ainda a instalação com um bom isolamento térmico e acústico e a diminuição da área impermeável às águas pluviais, contribuindo desta forma para uma atenuação das cheias. Este telhado diminui ainda o aquecimento global, pois absorve os raios solares que refletiriam, aquecendo o ar atmosférico. Ao mesmo tempo as plantas sintetizam o CO2 do ar, convertendo-o em oxigénio através da fotossíntese.

A Fábrica de Água de Alcântara serve cerca de 750 mil habitantes dos Municípios de Amadora, Lisboa e Oeiras, sendo uma das maiores instalações de tratamento de águas residuais do País.

O Prémio Valmor, fundido em 1982 com o Prémio Municipal de Arquitetura, distingue obras consideradas exemplares da arquitetura de Lisboa seja construção, reabilitação ou espaço público.

Para o período de 2013 a 2016, foram apreciadas 967 obras, de que resultaram quatro vencedores e nove menções honrosas, das quais seis obras novas e sete obras de reabilitação ou alteração de edificado já existente, como é o  caso da Fábrica de Água de Alcântara.  

O júri para o ano de 2013 foi constituído pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina; pela Vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto; pelo Vereador do Urbanismo, Manuel Salgado; pelo Arquiteto Sérgio Melo; pelo Arquiteto Francisco Berger, da Academia de Belas-Artes; pelo Arquiteto Cândido Chuva Gomes, da Ordem dos Arquitetos; e pelo Arquiteto João Pardal Monteiro, da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa.

Algumas curiosidades:

  • A ampliação e remodelação da Fábrica de Água de Alcântara iniciou-se em 2006, sob gestão da SIMTEJO e foi concluída no ano de 2011;
  • Durante o período de realização das obras de adaptação e ampliação foi garantido o pleno funcionamento da instalação;
  • Na realização da estrutura da Fábrica, foram consumidos 81000 m3 de betão e utilizadas cerca de 12000 toneladas de aço.
  • Durante o período de realização dos trabalhos verificou-se a colaboração média diária de cerca de 174 trabalhadores, correspondendo a cerca de 2.500.000 (dois milhões e quinhentas mil) horas x homem trabalhadas.
  • O telhado verde é regado com água reciclada produzida a partir das águas residuais tratadas na Fábrica.
  • Existem dezenas de espécies de plantas no telhado, na sua maioria endémicas (nativas de Portugal), muitas características da flora mediterrânica, algumas aromáticas, outras com fins medicinais, de onde destacamos: Alecrim (Rosmarinus officinalis), Esteva (Cistus ladanifer) e Cebolinho (Allium schoenoprasum).