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Ministro do Ambiente destaca importância de reutilização da água no “Caminho da Inovação”

O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, alertou esta terça-feira que a precipitação em Portugal pode reduzir em 15% ­- valor que pode atingir os 25% no final deste século. O governante discursava no encerramento do debate “O Caminho da Inovação”, promovido pela Águas do Tejo Atlântico e que decorreu ao longo desta terça-feira na Fábrica da Água de Alcântara, em Lisboa. “Temos de nos preparar para um futuro em que vamos contar com uma redução de 15% de precipitação em Portugal. Até ao final do século, a redução estima-se em muitos estudos que seja de até 25%”, afirmou.

O ministro Duarte Cordeiro considerou que esta redução terá um “efeito devastador” e, por isso, “a água tem de ser poupada em casa”. “Temos de a preservar, usar de forma regrada, na agricultura ou no uso industrial”, afirmou, destacando a importância de “cada vez mais” ter de se “reutilizar a nossa água” e “cooperar, divulgar conhecimentos e tecnologia e usar a água de forma justa em zonas geográficas onde elas escasseiam”.

A conjugação da baixa precipitação e de elevadas temperaturas diminui “drasticamente” o nível das barragens, afirmou. “Vivemos uma situação de stress hídrico”, disse o ministro com a pasta do Ambiente e da Ação Climática, detalhando ainda que a “grave seca” que o país enfrenta “não é só um problema do nosso país: é da Europa”.

Lembrando que no início da década de 90 apenas 15% da população tinha acesso a serviços de saneamento, o ministro do Ambiente vincou que “em 25 anos o paradigma alterou-se e 99% da água potável é controlável e cumpre todos os requisitos legais”. Olhando para o futuro, o governante adiantou ainda que existe a expectativa de que a percentagem de água que sai das estações de tratamento que possa ser aproveitada seja de 10% até 2025.

Foi neste sentido que o ministro Duarte Cordeiro disse ter “uma grande expectativa na indústria do saneamento”. “Em Portugal, consumimos mais de 600 milhões de metros cúbicos por ano e a água, depois de usada, tem de ser reutilizada. Não podemos apenas devolvê-la aos rios e ao mar. O esgoto é naturalmente uma matéria-prima que se pode transformar em muita coisa”, concluiu, exemplificando: “Água que possamos transformar em cerveja”, numa referência à cerveja Vira, produzida com água reciclada, pela Águas do Tejo Atlântico.

No decorrer do debate, Alexandra Serra, presidente do Conselho de Administração da Águas do Tejo Atlântico revelou também que a área onde vai decorrer a Jornada Mundial da Juventude em agosto de 2023 vai ser regada com água reciclada.

Este é um dos novos projetos de parceria que se encontra a ser preparado. A reutilização de água reciclada para a rega do aproveitamento hidroagrícola da Várzea de Loures é outro exemplo. “Temos consciência de que é preciso avançar com rapidez e de forma eficiente”, afirmou Alexandra Serra, referindo que estes novos projetos se juntam a outros já existentes como a “reutilização da água no Parque das Nações ou a rega de campos de golfe na região do oeste”.